Letra e música: Getúlio Targino Lima
Quando planta o jardineiro,
com carinho, seu jardim,
não percebe
Quem, primeiro,
deu-lhe o gosto,
fê-lo assim.
Deu-lhe a terra,
sol e orvalho
e à semente
deu vigor.
Quem, enfim,
é o Jardineiro?
É o Pai,
o Puro Amor.
Quando ara o campesino
seu terreno por plantar,
não atina,
qual menino,
Quem criou
o chão de arar.
Quem amanha
e entumesce,
com a chuva,
o fértil chão
é o dom
do Pai que desce
das mansões
do Coração.
Quando faço boa obra
e proclamo meu labor,
não me lembro
que, de sobra,
foi o Pai
o Benfeitor.
Mesmo após
ter tudo feito
tenho de reconhecer:
Sou qual servo
mui sem jeito;
bom é o Pai,
a Essência, o Ser.
(Ubatuba – SP, 12/07/85, 17:30hs no hotel Ubatuba's Surf)