É salutar ao homem conhecer as Minhas Obras para que cresça no seu amor para Comigo – O PAI! Dando-nos a Sua Luz Completa acerca de Si Mesmo, proporciona-nos Qual Irmão a visão face a face dos segredos mais profundos do Seu Reino. Assim, somos por Ele iniciados no Seu Grande Plano Criador e Libertador sem místicas e superstições e sem fanatismo. Suas Leis não são apenas úteis, são belas e sábias nas mesmas proporções. A utilidade corresponde ao Eterno Amor e Bondade, e a Beleza nos fala da Verdade e Sabedoria. Beleza e Utilidade, base fundamental do Seu Reino, onde só é belo o que é útil e vice-versa.

Certa feita, indagaram-Lhe: – “Senhor, o que vem a ser a Luz?” Os cientistas até hoje discutem a seu respeito, revelam seus efeitos, mas como defini-la se a causa permanece oculta? De onde emana a luminosidade do Sol? O quê ou Quem estimula os elementos a se atritarem tão fortemente? – “A causa”, diz o nosso Pai, “é de origem espiritual. Provém da alegria amorosa dos espíritos que o circundam em constante vibração de êxtase de amor! O Sol não foi criado apenas para aquecer os demais planetas, destina-se a múltiplas finalidades. É também um ponto de convergência, aceitando os raios de um bilhão de sóis, deixando que se aglomerem para de novo projetá-los. Assim, Sou Eu Mesmo trabalhando através da natureza do próprio Sol.” – Felizes com tais revelações, indagam-Lhe novamente: – “Senhor, e o Éter, cuja região se inicia a várias milhas de altitude, tornando-se difícil para os naturalistas analisá-lo!?” – “O Éter”, diz Ele, “é também de origem espiritual, constituído de espíritos puros, pacíficos e pacientes, permitindo aos corpos cósmicos desenvolverem suas trajetórias calmamente em torno do Sol, numa velocidade incalculável.” – Como vemos, tudo o que nos rodeia é vida, que os físicos preferem chamar de “forças livres”, mas o Evangelho denomina de “espíritos”, e como não existe espírito sem um ser, temos que admitir a existência de seres espirituais. O que a ciência denomina de “átomo”, Ele classifica de partículas inteligenciadas, afirmando que “em cada átomo existe uma Idéia espiritualizada de Mim.” Diante de tudo isto, podemos afirmar que o nosso Planeta é, em sua totalidade, uma graduação dos espíritos que já iniciaram a sua caminhada de retorno à Casa Paterna.

Hoje não é válida a expressão: – “Os tempos são chegados”, porque o tempo está relacionado a uma época que virá sob certas condições! Hoje se diz: “A Hora é”, determinando Ele o momento exato em que os verdadeiros adoradores de Deus o farão em Espírito e Verdade!

Se Ele Mesmo recomenda: “Sede perfeitos como Eu”, e Paulo adverte para lermos tudo “retendo o que é bom”; teria Paulo recomendado uma fé cega ou a Fé que sobrepõe a todos os conhecimentos, exigindo todas as nossas forças físicas, psíquicas e espirituais? “Quando teria Eu forçado alguém a ter Fé?” Não consta: – “Quem crê em Mim, do seu íntimo jorrará fonte de água viva!” – Disse sim, que O amássemos acima de tudo, para reconhecermos Quem Ele é.

Sempre que Jesus Se pronunciava sobre Fé, referia-se à Fé emanada e amparada pelo Amor, uma vez que ela por si só não gera frutos para a Vida Eterna, da mesma forma que um esposo por si mesmo não gera filhos, terá que unir-se à sua esposa. Uma Fé espiritual não deitará raízes numa índole racionalista, falta-lhe a devida umidade, ou seja, a Humildade para reconhecer que Ele é a Fonte de tudo.

Os fariseus acreditavam fielmente nas Leis moisaicas, por acaso Eu Me contentei com sua Fé primitiva? Sempre os critiquei, até mesmo os tachei de malfeitores, de olhos e ouvidos abertos, nada viam e ouviam. “Eu não necessito de Honra dos homens, porque não os criei para servos, mas sim para filhos, à Minha Imagem e Semelhança. Por acaso Me apraz ser Deus e vós, criaturas? Honra-Me ser Onipotente e vós fracos?” Muitos dirão: não é a Honra o fruto nobre do Temor? Sem Temor os homens se desviarão mais e mais da Tua Ordem. “Julgais que do Temor surja um fruto para a bem-aventurança? Quem cumpre a Lei por Temor já se encontra sob o julgamento da mesma. Por que rejeitei o fariseu hipócrita, fiel cumpridor da Lei, aceitando o penitente publicano? Os espíritos infernais temem a Mim, por acaso são felizes?” Vejamos esse exemplo: – Imaginemos uma noiva, meiga, dócil, amorosa; por circunstâncias várias seu noivo ausenta-se. Retornando, a vê ansiosa, inquieta, trêmula, cheia de medo e pavor. Indaga-lhe o noivo: – O que se passa contigo? Esbanjastes o teu amor, e o medo o reprime. Como fazer-te feliz? Tenho que me afastar para que o TEMOR não continue martirizando o teu coração!

E naquele dia, muitos dirão: “Senhor! Senhor, nós Te Honramos e Te Glorificamos!” – “Que lhes direi? Afastai-vos pois não vos reconheço nesta tendência, não atenderei suas lamúrias, pois nunca pronunciaram: Querido Pai, nós Te amamos.” – 

Meus caros, Ele quer ser amado e reconhecido como Pai, e quem não Me aceitar como Tal no coração, serei para este o que Sou para uma pedra, quer dizer, um Deus Criador. O Pai oculta a Divindade Onipotente diante dos nossos olhos temerosos para que D’Ele nos aproximemos sem temores e receios. Se O amamos como Pai jamais O veremos como Juiz, porque cada um encontra o que procura, e não consta que a cada um segundo a sua fé? Assim depende de nós encontrarmos no coração o Pai Bondoso, a Vida Abundante, ou o inclemente Juiz. É grande a diferença entre os que aceitam um Deus e Criador e aqueles que D’Ele se apossam no coração, com nada mais se preocupando senão em amá-Lo cada vez mais. Os primeiros se extasiam diante de Sua Onipotência, Grandiosidade, os outros se desfazem em lágrimas sempre que algo os fazem lembrar de MimO escravo tem um senhor, a Natureza tem um Deus, Meus filhos têm um Pai! Amém! Amém!

                                                                                              

Fraternalmente,

Thalízia dos Reis